Durante 6 anos ela acreditou no amor. Aquele amor verdadeiro e único, como nos filmes de princesas que ela via quando era criança, aqueles com um “Viveram felizes para sempre”. Aquele amor que pensámos não ser possível sentir, até o vivermos. E ela viveu-o. Viveu-o por tempo suficiente para o coração dela se ter desfeito em mil pedaços quando tu decidiste ir embora sem sequer pedir permissão. Por tempo suficiente para que ela se sentisse um lixo, para que ela carregasse a culpa de erros que nunca foram dela.
Ela procurava respostas a perguntas que a vida acabou por colocar à sua frente – mal sabia ela que só o tempo lhe podia dar essas respostas – ou talvez ela nem precisasse delas.
O culpado? TU.
Tu que quiseste atirar tudo para o chão. Tu que preferiste o desconhecido ao amor mais genuíno que já tiveste na tua vida. Tu que mentiste, traíste e nem sequer pensaste que isso iria magoar, destruir. Tu que só pensaste em ti e optaste por trocar uma vida por algo insignificante.
Mas um dia – não tarde demais – ela percebeu que tinha que se levantar e que para a frente é que era caminho. E a ferida que outrora existia no coração dela começou a fechar, a cicatrizar. E olha só que ironia, foi nesses momentos de fraqueza que ela descobriu que havia mais força dentro dela do que podia imaginar.
Ela finalmente conseguiu colocar um ponto final e acredita, o vosso final foi na verdade, o recomeço. O recomeço dela.
Agora, graças a ti ela virou a página e começou a escrever sozinha a história na qual ela é a personagem principal independentemente de quem participa e participará nela. Percebeu que havia muito para viver fora do “vosso” mundinho, que outrora era tudo que ela conhecia. Descobriu que ela é a única responsável pela sua felicidade e finalmente sabe que ainda cairá muitas vezes, quantas forem necessárias. Sabe que cair faz parte da vida. Mas também sabe que de cada vez que se levantar será sempre com mais força. Porque desta vez ela caiu como menina, e ergueu-se como mulher. Uma mulher mais forte. mais destemida, mais sábia.
Por isso: OBRIGADA!
Obrigada por a teres feito ver o quão grande é o mundo, e o quão pequenas são algumas pessoas. Obrigada por lhe teres dado a oportunidade de esbarrar no destino de um outro alguém que irá chamá-la de “minha” e fazê-la ver que é possível sentir de novo aquele amor que ela um dia viveu contigo – talvez mais intenso.
E quando um dia te deres conta (se deres) que lá fora encontras muitos amores, entre eles os que duram apenas um dia ou uma festa, mas nunca o amor que um dia encontraste nela, lembra-te destas palavras:
TARDE DEMAIS.
Texto: Diana Neto
Imagem: Tumblr